sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dia 2 – A manhã portuense

Sábado. Dia 9 Maio.

Noa e Ca
tWoman prontas e equipadas para rabuscar!
A Tânia foi rabuscar para Lisboa e abandonou as duas meninas…

O Ponto de Encontro foi no Campo 24 Agosto para estacionarmos o carro em garagem segura.
Iniciámos a rabuscagem na Praça da Batalha.
Sabiam que Praça da Batalha foi assim chamada por ter sido travado um combate entre os portucalenses e as tropas de Almansor? As gentes de Portucale foram vencidas e deram o nome Batalha a esta Praça como medalha de compensação.

Num dos ângulos da Praça encontramos o Cinema Batalha que ocupa o lugar do antigo e popular High-Life.

No Centro da Praça, encontramos ainda a estátua ao nosso querido Rei D. Pedro V.




A Cat
Woman fez um brilharete ao explicar à Noa que o Edifício dos CTT era antigamente um Hospital onde foi amputado o braço de alguém, que ainda lá está enterrado. Depois de árdua pesquisa apercebemo-nos que o braço pertencia a Bernardo de Sá Nogueira. Aproveitamos para convidar todos os interessados a escavar a casa em buscar do braço direito amputado, para podermos comprovar esta teoria tão interessante.

Do outro lado da Praça, não pudemos deixar de apreciar a beleza do Teatro de S. João, construído com as pedras da Muralha Fernandina (ou Afonsina) do Porto. Não deixem de reparar nas esculturas na fachada do Teatro: Bondade, Dor, Ódio e Amor.

Descemos a Rua de Augusto Rosa e deparámo-nos com o Edifício do Governo Civil.
Em
frente ao Edifício do Governo Civil encontrámos a Capela dos Alfaiates, dedicada a Nossa Senhora da Assunção.

Continuando o nosso caminho, fomos até ao largo ajardinado onde está a estátua do romancista Arnaldo Gama.


Atrás desta estátua está uma casa de granito, mesmo à beira do Elevador dos Guindais. Esta casa pertence agora aos crentes Testemunhas de Jeová, que outrora pertenceu ao escultor Henrique Moreira . Ao passar pela casa, encontrámos uns senhores muito simpáticos que depois de perceberem a nossa iniciativa, se ofereceram para nos mostrar a casa por dentro. Entrámos com a toda a curiosidade, guiadas pelo sr. Armando, e deparámos com espaços fantásticos e bem aproveitados com umas vistas deliciosas. Era uma casa com estas vistas que a CatWoman e a Noa se imaginam a construir o seu atelier de pintura.


Depois deste episódio simpático fomos à Igreja de Santa Clara, onde vivemos um episódio que tem tanto de portuense e atrofiante como de caricato.
Não deixem de reparar na fachada da Igreja
, cheia de segredos por revelar. Como estava aberta, decidimos entrar em rabusca da santa preta, do Cristo com a boca aberta e da Roda dos Expostos.
Entrámos na Igreja e não consegu
imos encontrar estes 3 elementos. Decidimos que seria boa ideia perguntar à senhora amorosa que estava a enfeitar o altar. Mal sabíamos nós que íamos ser gravemente insultadas no meio de berros por termos pedido informações. «Oblam! Aqui não há Roda nenhuma dos Expostos, isso são lendas inventadas! Oh pá, aqui era prás freirinhas receberem os pastéis oblam! Quem é que escreveu esse livro onde diz isso? Ai o carago! Que Cristo da boca aberta? Quem fez o Cristo foi um homem e resolveu pô-lo com a boca aberta oblam! Qual é o problema? Santa preta qual carapuça!»
De qualquer forma, conseguimos saber o que queríamos e tivemos a certeza que há malta que não regula nada bem da moina.

Saímos desoladas da Igreja e decidimos ir à Rua das Verdades, pelas escadas das Verdades.
Passámos pelo Recolhimento do Ferro, agora Centro Social da Sé. Alguém sabe porque se chama Recolhimento do Ferro? Pois são poucos os que sabem... Claro está que nós, as rabuscar staff, sabemos isso e muito mais. Aceitamos ideias!




Nesta rua pudemos admirar umas das vistas mais espectaculares para a Ponte D. Luís com os seus TRÊS tabuleiros.
Subindo as escadas do Barredo, passámos por baixo do Arco das Verdades. Casas pequenas, com pias à porta com a malta à porta de casa a ver passar a malta.
Continuando a nossa subida, entrámos na Rua D. Hugo. Logo à direita, encontrámos a Capela de Nossa Senhora das Verdades. Há quem chame Capela de Nossa Senhora das Mentiras, porque a Virgem segura Cristo com o braço direito e não com o braço esquerdo como é usual.
Mais à frente, fica de um lado a Casa D. Hugo e do outro a Casa-Museu Guerra Junqueiro.

A Casa D. Hugo parece que tem uma série de coisas culturais
sobre o Porto. Algo a rabuscar...
A Casa-Museu Guerra Junqueiro tem obras interessantes que iremos ra
buscar noutras oportunidades. No jardim da casa, Noa e CatWoman espalharam o terror com fotos estrondosas e subidas ingremes e complicadas à estátua do senhor.
Continuando a subir a rua, há uma fonte, a Fonte do Anjo, à beira da qual se realizava a famosa Feira da Vandoma. Ah pois é!
Logo à esquerda da Fonte do Anjo, há umas escadas
que aparentemente não vão dar a lado nenhum. Subindo as escadas e virando à esquerda está ali situada o que se pensa ser a casa mais antiga da cidade do Porto. Agora não é possível visitar pois está em mãos privadas... Depois de alguns protestos da Noa, voltámos para trás e admirámos ,com alguma relutância buscando o alento, a estátua de Vímara Peres.
Atrás deste senhor está um edificio que nem comentário merece.
Continuando o nosso caminho, fomos ter a
o Terreiro da Sé e admirámos todo o esplendor desta Igreja. Agora está em obras, o que lixa um pouco as vistas. Um pergunta pernitente: Alguém já tinha reparado que na fachada da Sé está uma cruz judaica e um barquito árabe? Às rabuscar staff não lhes escapa nadinha...

A nossa visita terminou aqui. Mas à ida embora ainda tivemos a oportunidade de rabuscar a Igreja dos Congregados que sorte a nossa, estava aberta. De admirar os vitrais!


Imagem do dia:



terça-feira, 19 de maio de 2009

Dia 1 e meio - O Passeio organizado de trás para a frente

Dia de feriado. Sábado. 25 de Abril. Bem cedo na manhã.
Lá estava a CatWoman e a Tânia em frente ao Teatro de S. João, ponto de encontro para a visita organizada.
Estava a CatWoman, a Tânia e mais um ror de pessoas interessadas em conhecer o Porto desconhecido.
Desta vez tivemos um guia, autor do livro que nos acompanha nas nossas rabuscagens: Júlio Couto. Um senhor na casa dos 70 anos mas com uma larica capaz de fazer inveja aos mais jovens. Uma forma de comunicação impecável e apaixonante. O xô professor é engraçado e gracioso, mais posto que exposto com o seu grande microfone atrás das costas. Conhecemos cantos obscuros da cidade, mostrou-nos coisas que nem em sonho chegariamos lá ao mesmo tempo que nos contava histórias e estórias.
A visita foi feita às Muralhas do Porto, ou o que restou delas.
Foi uma manhã espectacular!
Caros seguidores do blog, caso tenham oportunidade de fazer visitas pelo Porto com este senhor, não pensem mais do que uma vez...
Atirem-se a ela!

Dia 1 - As três da vida airada

Desta vez conseguimos juntar as três meninas: as três da vida airada! Tânia, Noa e CatWoman espalhando o charme pela cidade do Porto, num Domingo soalheiro de 19 de Abril.

O ponto de encontro foi a Fnac da Rua de Santa Catarina, como não podia deixar de ser. E daí seguimos para a Estação de S. Bento, onde se iniciava a nossa visita, preparada com muito empenho pela CatWoman.

Munidas de máquinas fotográficas, mapas e livro do Julinho, lá fomos à aventura, em descoberta do desconhecido Porto.
Banda Sonora: shuram shuram aaaii!! (Por vezes algum vinho do Porto...)

Entrámos pela primeira vez na Estação de S. Bento para a conhecer e não para apanhar comboios ou esperar por eles. Alguém já parou para apreciar a beleza e significado dos azulejos nas paredes da Estação? Pois é, nós parámos...

Neste dia, havia uma feira de coisas vindas de todo o mundo. Enquanto a Tânia se perdia nas compras, a CatWoman e a Noa iam tirando fotografias apalhaçadas, só havendo necessidade de intervenção para o negócio dos golfinhos com o Fassaye.

Saindo do lado esquerdo da Estação, fica a Rua da Madeira, onde aos Domingos de manhã se realizava a Feira dos Passarinhos.

Em frente à Estação, encontrámos a Praça Almeida Garrett e a correnteza de prédios, mais conhecida por "casas magrinhas", que não são mais do que casas de grande altura e pouca frente.




Entrámos na Rua das Flores, antiga Rua de Santa Catarina das Flores, durante muito tempo Rua dos Ourives. Vale a pena apreciar as maravilhosas varandas de ferro.

Ao percorrer a rua encontrámos várias casas brasonadas onde viveram alguns dos grandes ilustres do Porto. Nas traseiras dos prédios comerciais, está a metade ainda de pé do claustro do antigo Hospital do Rocamador.





Mas a grande menina desta rua é a Igreja da Misericórdia, que não tivemos a oportunidade de rabuscar por dentro, por estar fechada.


Ainda na Rua das Flores, a não perder a Loja Oblivion de artigos góticos, dos quais a Noa é grande fã. Está aberta de Segunda a Sábado.


Descendo até ao da rua, fomos ter ao Largo de S. Domingos. Neste largo vimos a casa brasonada dos Cunhas Pimentéis e em frente a esta, uma Papelaria com uns azulejos e portas dignos de serem apreciados. Ainda se pode ver na parede da papelaria um termómetro, que deve ter sido atracção local há uns anos.




Continuando o nosso percurso, entrámos na Rua Ferreira Borges. Logo à direita encontrámos o Instituto do Vinho do Porto.

Mais à frente deparámo-nos com um edificio invulgar de ferro fundido e vidro, o Mercado Ferreira Borges.


A esta hora, a Noa, que não tinha almoçado, começou a sentir fome e decidimos fazer uma paragem na nossa rabuscagem para lanchar. Vasculhámos entre vários cafezinhos e tentámos perceber qual a melhor opção para o nosso merecido lanche. Na Praça Infante D. Henrique encontrámos uns bares abertos que ofereciam Vinho do Porto de luxo para prova. A CatWoman queria apanhar a moca e provou os três vinhos, a Tânia aventurou-se no melhor dos três e a Noa assistiu e tirou fotos às provas. A CatWoman, provadora dos três, não apanhou a moca e classificou os vinhos como não péssimos e não horríveis, comentário que ofendeu os vendedores e apreciadores de tal líquido.

Depois de muito custo, lá encontrámos um sítio digno para o nosso lanche. Entre pão, sumos e leite, assistimos a um episódio bem portuense onde um grunho bastante guna mostrou a seu desagrado perante a venda de um bolo em mau estado, oferecendo uns tabefes à pequena empregada e ameaçando destruir todo o café. Foi um espectáculo deplorável, bem à moda portuense!


Repostas as energias gastas, decidimos entrar no magestoso Palácio da Bolsa. Uma visita obrigatória a todos os que querem ser merecedores do título portuense.






Já cansadas, ainda tivemos forças para ir à Igreja da Vitória e ver a bala conservada na parede. A CatWoman já a tinha visto, a Noa esperava algo mais sinistro. A Tânia gostou das vistas.





Frente à porta da Igreja fica a Rua de S. Miguel. Logo ao inicio da rua é de atentar na casa do lado direito onde a frontaria está revestidas por belos azulejos.








A nossa rabuscagem terminou aqui. Ainda fomos até à Avenida dos Aliados e passámos pela Cordoaria, sonhando e fazendo planos para as próximas rabuscagens.





Imagem do dia: